Entre dezenas de índices, a publicação, elaborada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, cita desaparecimentos e suicídios. Nesta reportagem abrangemos exclusivamente os dados relativos ao Rio Grande do Sul.
Por: Marcelo Nascente
Antes de mais nada, é preciso ressaltar que os números têm como fonte as secretarias estaduais de Segurança Pública e/ou Defesa Social e IBGE. Comecemos pelos desaparecimentos no RS:
No ano de 2022, 7.140 pessoas foram dadas como desaparecidas; já no ano seguinte, 7.424, um aumento na variação em torno de 4%. Grande parte delas – ainda bem – foram dadas como localizadas: em 2022, 7.007 e em 2023, 7.236.
O que nos deixa, teoricamente, com (em 2022), 113 nunca até hoje sumidas, desde o ano de 2022; e em 2023, 188 seres humanos na mesma situação. Infelizmente não se pode afirmar de forma definitiva os dados sobre Pelotas, enquanto não se tiver acesso aos dados concretos da Delegacia de Desaparecidos da cidade. O que espero trazer em breve e atualizados…
SUICÍDIOS NO RS (2022-2023)
Neste ítem específico, dezenas de fatores (entre eles muitos citados no anuário, cada um tem seu “gatilho” para ter acontecido e é “simples” de compreender o porquê dos motivos. Sendo assim, sem entrar em detalhes; quem quiser analise o arquivo pdf, ao final do texto e chegue às suas próprias interpretações.
O fato que desejo mostrar são os números (alarmantes), tristes e, a meu ver, ainda sem quaisquer possibilidades de mudanças de diminuição dos índices, enquanto permanecermos como estamos enquanto sociedade…
O Rio Grande teve, em 2022, 1.608 casos de suicídio, No ano seguinte, 1.588. Não se trata somente de questões existenciais da vida, mas também incluem a desistência causada por agressões, por violências e torturas psicológicas e diversos outros fatores que precisam ser abordados pela sociedade, como um todo – e que não acontecerão tão cedo, – infelizmente.
A sociedade precisa mudar. O ser humano urge evoluir e as políticas públicas estão décadas atrasadas em adotar medidas que alterem cenários tão deprimentes e rústicos como estes.
Não há maneira de diminuir a violência a combatendo com a violência. Nem a consciência, sem a educação. E, a cada ano que passa – uma pequena confissão – noticiar o retrocesso humanitário, frustra, desespera e desilude a cada um de nós.
Segue abaixo o link para quem tiver interesse em analisar o Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2024:
https://forumseguranca.org.br/wp-content/uploads/2024/07/anuario-2024.pdf
Imagem: Divulgação